terça-feira, 11 de dezembro de 2012

No infinito do vento

Incrível como me aparecem nuvens,
Quando o Sol parecia querer queimar
A sobra de um pequeno equilibrar,
E não parecia mais o que vida tem,
Que é o intermitente re-generar...

E nestes momentos de tristeza,
A alegria se impõe como donzela,
Prostituta escaldada e posta à mesa,
Adoçante sobre o café que pela,
Pro sabor/calor me ensinar belezas.

E feito um arrimo do muro escuro me guio
Para o capim dos campos, pasto,
Onde o bem que sinto deixará o fim bravio,
Do caminho que trilho, ora santo, ou nefasto,
Ora quente como o inferno, ora frio...

E as tais nuvens, archote da peleja,
Sombrearão a vida de todos os passantes,
A minha, a da mocinha, graça sobeja,
A do inquilino, do proprietário, estudante,
Que faz sentir amor, aquele que veja,

Que o novo me alimenta,
Que do novo me alimento
Que a alegria me sustenta,
Como o pássaro em seu tento,
De voar lhe solta as ventas,
No infinito  do vento...

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