quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Canto da verdade

Marimbas, Calimbas, sons que nem parecem,
Deste mundo soando como fossem ventura,
Como fossem o alento que me traz a candura,
Que em meus canteiros, vicejantes, florescem...

Que o que planto em minha vida é o que canto,
O verbo astuto e asceta que se planta no tempo,
Que se esbanja na beleza que parece ter o intento,
E ressoa no assento com que, alegre, me espanto...

E assim cantigueio o esperanto desta minha lida,
Como uma lista de promessas, rimadas, cantadas,
Com a claridade do infinito, ao que é bonito afinadas,

E meu canto seguirá como segue a flor da vida,
Porque a celeridade da eternidade há de ser cantada,
Com a calma inacreditável que só tem a verdade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário