segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Esperança Quixotesca!

Me calço da esperança Rocinante que se firma na pedra,
Estribado na certeza galopante de que a minha vitória virá,
Vencendo os gigantes moinhos e meu Dulce amor me dirá,
Como já os venci nas passadas épocas de Saavedra,

Que do Cavaleiro contou os casos de caos andantes,
Da companhia escudeira pançuda, alegre, inusitada e fiel,
Sancho, ancha festança de que nos falou o grande Miguel,
Velhas cantigas onde ainda escutamos o cantar de Cervantes.

E neste dia, em que se vira o tempo, em que muda o nome do ano,
Seu número e endereço, cores, labores, sabores, acontecimentos,
A lembrança do velho cavaleiro promete para os vindouros momentos,

Avistarmos e chegarmos à terra de bonanças, ao lar claro e plano,
Pleno de mel e farturas, de gentilezas e gostosuras sem lamentos,
Céu de iluminuras, vastidão de canduras do Quixote e seus intentos.

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