Me calço da esperança Rocinante que se firma na pedra,
Estribado na certeza galopante de que a minha vitória virá,
Vencendo os gigantes moinhos e meu Dulce amor me dirá,
Como já os venci nas passadas épocas de Saavedra,
Que do Cavaleiro contou os casos de caos andantes,
Da companhia escudeira pançuda, alegre, inusitada e fiel,
Sancho, ancha festança de que nos falou o grande Miguel,
Velhas cantigas onde ainda escutamos o cantar de Cervantes.
E neste dia, em que se vira o tempo, em que muda o nome do ano,
Seu número e endereço, cores, labores, sabores, acontecimentos,
A lembrança do velho cavaleiro promete para os vindouros momentos,
Avistarmos e chegarmos à terra de bonanças, ao lar claro e plano,
Pleno de mel e farturas, de gentilezas e gostosuras sem lamentos,
Céu de iluminuras, vastidão de canduras do Quixote e seus intentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário