sábado, 8 de dezembro de 2012

Eu, ser que assovia...

E o cansaço se fez cristal no alto,
Das copas espinhudas dos pinheiros
E pelo raso e pelo meio, em cheio,
Atravesso os cheiros, demeus, sobressaltos...

E eles, em sua ingenuidade praticante,
Me mostram a todo instante o horizonte,
Que se estende além dos vales e montes
De minha insignificância pedante.

Eu, não mais que lobisomem de meus dias,
Hora lobo, hora rastejante agonia,
Me lanço onde iludo que tenho alegria,

E das janelas de velhos sobrado, se via,
O que respirava alto como a cotovia,
Que nem bem canta, bem mesmo só assovia...

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