Um dia entre os homens e mulheres que transitam,
Pelas fainas duras, pesadas e queimadas do dia,
Das canseiras calçadas nas esquinas da rebeldia,
Nos cruzamentos da liberdade onde habitam,
E ganham sua vida, e não ganham por ganhá-la,
Como a aurora tia da beleza, mãe da formosura,
Onde as formas se acomodam na gentil urdidura,
Que costura tudo que há, de aviões à panelas...
Ali, aqui, nesta existência passei meu dia cantando,
Como um canário na chaminé da fábrica, insensato,
Como um jacaré que sonha ver o mar, e vai nadando,
Desde onde o rio convive com apenas terra e mato,
Até a praia de areias onde as ondas vão quebrando,
Neste dia de convívio, apenas porque cantei, sou grato...
Nenhum comentário:
Postar um comentário