quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O que por tudo nos encanta!

Ah!, este encanto que nasce da simplicidade do canto
Do vento, cantoria do ar feita pra produzir alento,
Acalanto onde quem estava cansado, vazio, lento,
Pode se encher de Deus, respirando o que tanto,

Quanto qualquer respiração pudesse dar a vida,
Ávida sombra que perseguisse, como à água, o sedento,
Ancestral Luz que origina e fecunda todo movimento,
E nas sombras amigas, aplica o unguento que cura a ferida.

Assim é esta tão querida e antiga primordial cantiga,
Que ouço cantar nos formatos de cotovias e pardais,
De bem-te-vis, saracuras, seriemas, sabiás e tantos mais,

Como pudesse desde sempre me ligar no que antes liga,
Antes de tudo que voa sobre os céus onde o vento canta,
E dos corais de Deus as cores e sons, por tudo nos encanta.

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