quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Terra suja!

Dia de chuva neste Cerrado de formosuras,
Nestes rincões que se assemelham aos sonhos,
Que criança hoje, eu cada vez mais me disponho,
A ser de novo encantado com meu chão de misuras,

Que se apresentam à chuva soberana, em gratidão,
À fartura que vem da beleza que por todo lado se vê
Feito uma pintura de esperança que um artista lê,
Na estranheza da natureza, noite escura de imensidão...

Que no infinito das estrelas sussurra seu canto de alegrias,
Que se manifesta em curiangos, calangos e corujas,
E pirilampos e araçás, tamanduás e pequis que pelos dias,

Enchem os narizes e as almas da beleza sem par, ela, cuja,
Nos remete ao imaterial feito uma concretude fugidia,
Ainda que pareça, aos olhos não iniciados, terra suja...

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