terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Sol que irradia!

Longas explicações para o que não devia ser dito,
Lampejos das aspirações do que solto já se sonhou,
Feito um preso que se projeta nos contornos do que voou,
E não mais se viu, e nem se sentiu, como não existido...

Assim é o mar de angústias em que nadam tubarões,
Sobram desesperados, alagam-se os gritos abafados,
Das águas dos lagos e rios, seus sorrisos desdentados,
Nas bocas dos cães meninos, ladinos risíveis bufões!

E no meio disto tudo, o canto mudo que sempre sopra,
Sempre sobra e se solta no vento de candentes alegrias,
Que se projetam das sombras da noite aos claros do dia,

E a mim emergem do infortúnio que impede a linda obra,
Que me nasce dos trânsitos pelos rasos das águas fugidias,
Pés molhados no refresco da esperança altiva, Sol que irradia!

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