segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Una

Caminhos, carinhos, flores por onde fores,
Por onde andares poderás ver que os espinhos,
Mais que as pedras que machucam andarilhos,
São a firmeza que do chão nos previnem dores!

Assim, me encanto dos pedaços desta jornada,
As vezes uma serra, as vezes um beija-flor,
As vezes uma onda, as vezes um grande amor,
As vezes nado de braçadas neste mar de nada,

Mas o encanto é o que me ruge, leão das penas,
Devorador de encantamentos, certeza das runas,
Que me mostram o caminho entre as áridas dunas,

Pois o caminhar é o que sempre nos resta, apenas,
Esperança dos encantos que hão de emergir das lagunas,
Água Sagrada que na cachoeira da alegria nos una.

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