quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Do que há em nada

Eu então era assim como uma hortaliça,
Uma varada disposição a me agitar,
Uma varanda e uma rede a me interceptar,
Com o perigo sedutor da preguiça...

Servia, porque temperava os aromas e sabores,
Com minhas aromáticas folhas de constatações,
A trazer cores velhas em novas arrumações,
Velhas também elas, mas com o brilho dos valores,

E assim, como quem para a beira do caminho,
Seguia sem parar nem um minuto minha jornada,
Como um asceta embriagado na via tumultuada,

Como um lobo atacado por galinhas e arminhos,
Corresse às armas, e buscasse a euforia desdentada,
Da vingança, sendo que não há mais nada...


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