Eu era um casco, uma beleza fria e incensada,
Pela sacaria da comida que chegou depois de tanto,
Tanta fome que o que lembrava era encanto,
De ver a fome finda, e eu, casco, nada...
Soprava em meu rosto o vento da beleza,
De outrora, quando só o que me havia era ser
Como um pedaço de força, outrora outro haver,
Em mim, voos de andorinhas, enfeites de leveza...
E inda assim, só o casco me sangrava alguma,
Cousa, nada mais em nada me bastava e vinha,
Causos mais exacerbados cantados em rimas,
Canções sobre o nada infinito d'onde se encerra uma,
Única fonte onde tudo se faz água da fonte,
Alma indistinta da flor que vem de onde....
Nenhum comentário:
Postar um comentário