sábado, 30 de março de 2013

Meu coração!

Meu canto se fundiria em algo que denunciasse,
Caso meu dever de não saber me mantivesse afastado,
Folha de lirismos de onde tem aforismos reinado,
Numa receita em que entraria, se sonhasse...

Meu canto faria uma melosa peregrinação
Do meu coração ao fardo que tenho carregado,
Deste mesmo fardo, de volta ao caminho trilhado,
Caminho este que por tudo conduz ao coração!

E este velho e cansado coração de andanças
De voos infinitos e rasteiros, comendo caminhos,
Lambendo o corpo/vento coberto de espinhos,

Meu coração sem alento, inversa criança,
Ansiosa esperança de ver menos mesquinho
Este coração de caminhante, sempre tão sozinho...

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