sábado, 2 de março de 2013

Tango da dúvida

E tudo que passei, tinha que ter acontecido, por fim?
É o que parece afirmar a realidade, soberana!
Nada seria diferente desta dor agúda e insana,
Simplesmente por que já fomos feitos assim?

Por vezes, nesta viagem, sinto como sempre fosse,
A paisagem não mudasse nunca, e meu barco seguisse,
Como quem não segue, amarrado ainda insistisse,
E pela frente só o mar, sem cheiro de fruta doce...

E dentro da redoma da vida que pulsa no espírito,
Que segue além das expressões da corporalidade
Que nada em meio à tudo com Divina naturalidade,

Eu, peixe do aquário que se formou na redoma, insisto,
Re-existo, rastejo e salto na busca da Paz pela eternidade:
Como explico a mim mesmo tanta dor que dói de verdade?

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