segunda-feira, 8 de abril de 2013

Meu coração

Que faço eu, hoje, que a sorte me lambeu,
Que o ocaso lançou sua rede e me deu
Esperanças, que o eu criança ávido comeu,
Fome de tanto tempo, que nem sabe como viveu.

Que faço este que sou mar que vem e vai,
Sopa de tantas formas de vida, tudo que ecoa,
Caminha, rasteja, festeja, vida sua e minha, voa,
Pelos ares e águas, Amor de mãe e pai...

Que faço eu, menino confuso, com medo e mágoa,
Numa hora sem o mar passar do umbigo, pé no chão,
Noutra sem temer perigos, além da arrebentação,

Que faço eu, sonhador nadando em infinitas águas
Prato de ágate, onde deposito apreço e opinião.
Sagrado receptáculo a que chamo meu coração.

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