quarta-feira, 10 de abril de 2013

Viagem

E se vou, e se faço, e se me entrego,
Ou volto e venho, e solto ou passo,
Ou me deixo na correnteza do cansaço,
Em cada pedacinho destes pesos que carrego.

E se permito o badalar do vento no infinito,
Do meu corpo, onde os sininhos mensageiros,
Cantam esta canção de sons passageiros,
Na própria canção, o que é que será definido?

Então, como não sei se fico ou se me deixo ficar,
Embarco sem sombra de dúvida quando o navio
Se aproximando do porto, apitos e assobios,

Ou deixando o porto rumo aos desafios do mar,
Na primeira hora embarcar, e me entregar ao fio,
Das águas, dos mares de calores e grandes frios!

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