quarta-feira, 1 de maio de 2013

Do penteamento ao nascimento do COSMO

"O medo do vazio me preenche",
Gritou Khronos, à beira do Caos,
E penteou os cabelos da Caocidade prenhe,
E lhe apalpou as nádegas,
E elas passaram a ser o que nem eram,
E nem todos os rios e todas as vaus,
Por onde passaram os que vieram,
Vimos as naves de nós mesmos, em que viemos, vagas.

Vagávamos por Vilas, vãos,
Voltávamos de onde nunca tínhamos estado,
Quando tudo era possibilidade em seu mais puro estado,
O tempo ainda pulsava sem ser uma dimensão.

Naquele dia, onde o caldo de tudo que viria,
Se me lambuazava da cabeça aos pés,
Quando nem pé, nem cabeça se sabia o que é,
Quando Khronos gritou não se sabia o que era o dia!

A única coisa que se manteve desde aquela arrelia,
Era o vazio, a solitude de tudo, o medo e o arrepio,
Quando nem arrependimento salva da dor do frio,
Inda mais quando comparado à diversidade da alegria!

E eis que Khronos, em uma sublime complacência,
Permite-nos, por seu penteamento, a graça da experiência.

E hoje, aqui, a vivemos como fosse sempre aquele momento,
Em que da Luz do Caos, pelo penteamento, nosso nascimento,

E tanto o maior micro, quanto o mais insignificante macrocosmo,
Tem em seu penteamento o nascimento do entendimento: O COSMO


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