sábado, 1 de junho de 2013

De algo que já foi chorado a tanto tempo


As lágrimas de Caravaggio, claras, duras,
Doem a dor de um tempo que sempre mais,
Um tempo que não ficou no tempo de trás,
E que reúne ao passado, passagens futuras.

Naquelas lágrimas residem tantas Gambas,
E alegrias de uma gente famosa por não tê-las !
E arrasta-pés, que só tendo vindo de estrelas,
Lágrimas alegres que certamente vieram de ambas,

Estrelas e Gambas, sonhos de perfeição,
Onde o som se trans-luz-intensifica puro,
Feito um lampião que se acende no escuro,

Caravaggio canta nosso canto de imaginação,
Dura realidade que sonha algo melhor pra si, pro povo,
O mal que se vê há de ser alimento pro novo!

Inspirado no Lachrimae Caravaggio de Jordi Savall

2 comentários:

  1. Maravilhoso! A palavra é a luz mais perfeita do universo! Parabéns,Chico!!

    ResponderExcluir
  2. É, ela é a pá! Paz pra você, irmão!

    ResponderExcluir