quinta-feira, 4 de julho de 2013

A folha em branco, e o que dói.



Sabe que eu gosto,
Quando a folha me olha assim
Que nem esta aqui...
E olhando...: eu aposto,
No Cerrado, e seu fino capim,
Perfumando do cheiro de pequi.

Eu faço assim
Pra ter força pra continuar,
E vencer, da folha, o medo.
Por que por mim
Já tinha feito é abandonar,
Este lugar, meu arremedo...

Por isso, na verdade gosto,
De sua olhada/desafio,
Me pondo assustado e suando,
As pernas nem parecendo a postos
As mãos molhadas de suor frio,
A vida aquecendo porque pulsando.

Sou grato à este medo que me traz a folha.
Se me esfola, e desconstrói,
É porque me esmola do que tira rolha,
E solta o gênio que vencerá  o que dói.

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