sábado, 10 de agosto de 2013

Agora



Do que tenho que cantar agora,
Batuque dentro do tempo,
Samba fora de hora...
Poeira se encontrando com vento,
Boca da noite que implora:
"Bem lento, bem lento..."

E na beirada deste açude que chora,
Suas lágrimas de vida sobre o sertão,
Sendo tantos e tão poucos então,
Nem víamos que a loucura vigora,
E nem vemos ainda, nesta escuridão,
Mas tateamos com a avidez de quem explora...

Eu,
Só,
E meus intentos,
Na
Certeza de outrora,
Em outros movimentos,
Agora.


Foto de Luis RiodeJaneiro do Porto de Barcelona em 2006

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