quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Sem mais...



Então, depois de tudo, o que sobrou nem sei dizer.
Em mim, eu digo.
Tudo está num lugar próximo, tudo parecer,
Como era comigo,
Mas...

Já não sou o mesmo que olha pras coisas,
Em meu espírito,
O corpo obedece à uma memória que é lousa,
Onde esteve escrito,
Mas...

As letras parecem por vezes se embaralhar,
E o pó do giz,
Soltar-se da lisa lousa, soltando-se o riscar,
Porque o texto quis,
Mas...

Eu é que sou escrito por este meu texto,
E o que se lê,
Quase nunca encontra sentido ou contexto,
Apenas se vê,
Sem mais...

Cerâmica de Má Ferreira

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