Não sei te dizer,
Nem mesmo a Poesia, com sua altitude e leveza,
Com sua magnitude, alegria e beleza,
Dão conta de trazer do peito à voz o que se precisa dizer.
E na calçada, o pago velho,
Largado porque já não tão veloz e arisco,
Risca o céu com sua faca de amargura feito um corisco,
E sai da cena da rua, de um corpo no chão, um espelho.
Da vida, seus estertores e mandamentos.
Um chão que não se corta,
Um passo, que a mais ninguém importa,
Disseram que meu santo é o da alegria e contentamento,
Ai de mim, velho entre velhos, que já viu a morte à porta,
E que lanço-me nestes tormentos com a missão mais torta.
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