quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Na tarde que te sorri




Uma tarde destas, eu sorri você todinha,
Sem deixar uma escama de fora,
Aliás, toda cama em que alguém chora,
É uma cama triste porque vazia.

E quando eu te sorri, pouca coisa havia,
Que eu não já tivesse visto, beijado, cheirado,
Lambido, assado, pelo meio ou pelo estrado,
Das estradas de tudo que em ti há, ou se fazia...

Pois que das ancas das prendas de minha casa,
Eu, ancestral vendilhão, que a tudo sempre acompanhei,
E vendo astros em colisão com barros, apanhei,

Digo que nada disso deste fardo hoje me embasa,
Porque te sorrir, meu amor, me faz re-ser
O ser sem medo de suas asas bater!


2 comentários:

  1. Para quê tanto livro / Pra quê tanta tese / Tanta explicação
    Se a beleza da vida cabe num sorriso de comunhão

    O sorriso da moça da foto é grandioso!

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  2. Pois sim, seu senhor Poeta! Grandioso, realmente! Me traz uma Paz alegre!

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