Então, da pressa com que corri rumo ao mar,
Só pude ir vendo as paragens, arestas, aragens,
Quando o vindouro cheiro de sal nas brisagens,
Em minha alma, e no meu nariz, começaram a chegar...
Tudo que eu queria era ver de novo as vagas,
O sobe e desce das marolas, o crispado,
Branco do cimo do lombo do burro indomado,
Do balanço da água, que ao meu barco amava...
Eu era marujo, Deus sabe quando isto foi.
Mesmo quando ainda eu menino, e mesmo antes,
Mesmo quando os sonhos pequeninos e infantes,
Valiam a esperança que supera sempre o que dói,
Num tempo antes do tempo eu já era navegante,
E já singrava mares, me sangrando as veias distantes...
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