quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Meu alento




Cantigas e canteiros, eiras e estranhamentos,
Sobre meus olhos vastos brilhos estrondam,
Antigos óleos, ancestrais arminhos rondam,
Dentes afiados, voos azulados pelo Sol e talento,

Fim de tarde improvável, o tempo e o espaço,
Passam, caçam a ferida que não se olha, pra vida,
Ver o que passam os que passam pela lida,
Pra azeitar o proveito, eu aceito pelo que passo,

Como o que deveria ser, pra que eu possa conhecer,
O que não deixei de conhecer em tudo que fiz no tempo,
Em tudo que perdi, e nunca esqueci, e olha que tento,

E olha que faço o tempo todo meu caminho de melhor ser,
E vasculho cantos e brados, antes e no passo do vento,
Que sopra em meu peito, meus olhos, meu alento.

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