quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O alvorecer do porvir


Então, me resta cantar cantigas de longes,
Dos pertos, mais faço o que não se mede,
O que distraído se perde, e por fim não cede,
Porque foi blandido um grito surdo de monges.

Então, me resta cantar estas velhas cantigas,
De que me lembro, onde me perco em delícias,
Cada canção um masso de emoções e carícias,
Minha imaginação projetando novidades antigas.

Por fim, só me resta mesmo cantar.
Enquanto não aborreço e ainda permitir
Os que me escutam, pra ter porque existir,

Este cantador mais dor que cantar,
Este plantador que se esquece de rezar,
E se lembra só do alvorecer do porvir.

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