Um
vaso, uma flor aprisionada,
Sua
beleza no esquadro, angulada,
Aturdida
sua limitada vida ilimitada,
Uma
flor, sua dor nunca contada.
Um
abraço que não dou, um precipício,
Um
parente que nem chega ao hospício,
Nem
sai da emergência, e é tão difícil,
Nossa
vida, nestes altos edifícios,
Meus
retratos me maltratam e desmentem,
Digo
que há dor, mas os sorrisos sentem,
As
delícias que os seres que se pertencem,
E
numa insonância me desvencilho do calor,
Das
venturas da inconsequência, do seu valor,
Sem
valor, só demência, onde crepita o fogo cria dor...
Hoje é um dia de reflexões sobre a vida e a morte, as perdas e os ganhos, a alegria e a tristeza. Quantas vezes estamos sorrindo na face e chorando no coração! É bom externar os sentimentos. Parabéns por mais este lindo soneto.
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