Hoje um passarinho cantou canções de re-tomada.
O ano se finda.
Tanta poeira deixada e produzida,
Tanto por re-tomar ainda.
E o nada fazendo engordar-se
Fazendo-se de boi numa infinita invernada,
Fazendo como se só de ser tudo se ajeitasse,
E a vida uma espera daquela hora marcada.
Hoje um ser sozinho, mais sozinho que tudo,
Mais escondido que um escombro,
De um reino de a tanto, tanto ido,
Que eu, rei de nada além de um ombro a ombro,
Onde tudo se encaixa, tudo completo absurdo,
Que hoje o tempo me encaminha a ser re-nascido.
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