terça-feira, 29 de outubro de 2013

Re-nascido



Hoje um passarinho cantou canções de re-tomada.
O ano se finda.
Tanta poeira deixada e produzida,
Tanto por re-tomar ainda.

E o nada fazendo engordar-se
Fazendo-se de boi numa infinita invernada,
Fazendo como se só de ser tudo se ajeitasse,
E a vida uma espera daquela hora marcada.

Hoje um ser sozinho, mais sozinho que tudo,
Mais escondido que um escombro,
De um reino de a tanto, tanto ido,

Que eu, rei de nada além de um ombro a ombro,
Onde tudo se encaixa, tudo completo absurdo,
Que hoje o tempo me encaminha a ser re-nascido.


Nenhum comentário:

Postar um comentário