
Quando sobre nós se abre o céu,
Quando sobre mim se abre o chão,
Pulo, voo, solto-me solto farelo de pão,
Farinha de novos fermentos sem leús...
Quando sobre mim palpita o bramir da dimensão,
Do eixo que me acumula brandir espadas,
Puxões, canhestos, arranhões, pisadas,
Mordidas e feridas com carinho de imensidão...
Ali, onde tudo que houve foi nada,
Onde tudo que houve foi tudo, tudo, tudo,
Cada coisa que se escreve no mundo,
Tem a assinatura sempre sempre lavrada,
E o chão que se abre canta o absurdo,
E a alegria necessária pra re-fazer o mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário