sábado, 7 de dezembro de 2013

Minha real cor



As vezes me sento pra escrever,
Com os olhos e ouvidos voltados
Pra dor que constrói os revoltados,
Com um desconfortável e claro desprazer.

Por outro lado, as vezes me sinto ser,
Tudo que lembre alegria, beleza e amor,
Que jorro em cântaros de inestimável valor
Canções e pássaros, voos de conhecer.

Tudo me completa, acerta e mistura.
Na frente do Poema por se compor,
Existe uma estrada interna a se transpor,

Feita de flores, espinhos, mágoas, gastura,
Massacres e momentos de ternura e calor,
Estradas em que mostrarei minha real cor.

Um comentário:

  1. "Estradas em mostrarei minha real cor." Estradas, ruas, trilhas, raios de luz são espaços por onde caminhamos, às vezes com destino pré-definidos, outras vezes ao sabor dos ventos.

    ResponderExcluir