terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Um com o vento




O que é que quer, quem quer?
O que habita o impensável,
O imponderável?
O denso, pretenso mal e bem-me-quer?

Quando e quanto do que ainda pode,
Do que se some e se soma
Ao vasto errático e em coma,
Pra este que aqui se pro expõe porque não explode?

Sei que o futuro hoje se abre,
Hoje se rompe,
E se agita pra que haja quem conte,
A história pra lá dos altos sabres,

Que da mesa dos coronéis
Em seus devaneios de arrancadas,
De violências que ainda não foram estancadas,
E ainda são ouvidas nos tropéis...

A vida, aponta a direção da dança.

A alegria, resulta mais elevada e não se cansa.

O dia, que abre o tempo, forte, lépido e lento,
Fará de meu corpo barco,
E eu me farei ao largo,
E serei um com o vento.

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