sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Um pequeno enquanto

http://camiloaparecido.blog.terra.com.br

Eu vinha movendo as pantorrilhas,
Vastando a vida, rodando, pensando,
Em mortes e vidas de novilhas,
E me atinei: E um pequeno enquanto?

Me pensei que o viver se ventura,
Nas asas de ventos solares e de ar,
Na eternidade de que nada vai ficar,
Na infimidade que a finitude nos configura.

Mas estamos além dela, e aquém, e pra cima ventando,
As vezes embaixo, as vezes ao lado,
Sempre juntos e juntas, canto re-cantado,

Que o pequeno, sempre será grande enquanto,
Que o eterno é bem menor que a menor agulha,
Que a cabeça do alfinete que fura a bolha que borbulha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário