quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Esperança



Toda a esperança que me resta está no canto.
Escondida, esperando a vez,
De ser canto em si e cantar que fez,
E que faz a, e da vida puro encanto.

Toda a alegria que me resta pula no canto,
Exibida, colorida e destemida,
Feito passarim, de penas coloridas,
Que além de embelezar, ainda cantasse tanto...

Que só o que me restasse seria então pulsar,
Como um bem-te-vi soprando afetividade,
Ou um João de Barro hospitalidade,

Por que só porque tenho esperança posso cantar,
Só porque me entrego a sua gratuidade,
Só porque sua face me parece a verdade.

2 comentários: