quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Meus mares



As vezes, a cantiga é como um laço,
Pega.
As vezes, entre meus dedos,
Escorrega.

As vezes a canção se canta sozinha,
Transborda.
As vezes, cada nota parece infinita,
Transborda.

As vezes eu paro e escuto como vai,
A canção...
As vezes suas notas me fazem mais claro,
E são.

As vezes num cantinho minha cantiga,
Se faz,
As vezes pra acabar com toda intriga,
Trazer Paz.

As vezes o canto, é o canto da guerra,
Mata.
As vezes pela Paz o Amor se entrega,
O Amor ata.

As vezes se estende demais uma canção,
Chata.
As vezes chato é quem canta o pobre canto,
E o mata.

As vezes, meu canto é veleiro nas vagas,
Singrando,
As vezes meus mares, que alimento,
Sangrando.

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