![]() |
Foto de Ana Oliveira Nogueira |
Um certo
vento esfriava o belo rosto,
Como fizesse
o oposto da candura,
Numa sua
atitude de tocar, tão pura,
Como a mãe
toca sua parida criatura,
E o dá à
Luz destino, pelo parto exposto.
Tal vento,
afortunado pelo tocar,
O rosto
formoso e generoso, anguloso,
E fortes queixos
de olhar dadivoso,
E pretas
pelagens, pelo belo radioso,
Pode aquele
vento sentir, e esfriar...
Aquele
vento passou em remolde as formas,
Numa
tentativa de desvendar o rosto em si,
Como
guardasse um caminho qualquer por aí,
Como
levasse vinho aos carteiros e garis,
Para sentir
mensagens da beleza que adorna.
Mas a
natureza fugidia do vento passante,
Era nada, ante
a leveza do rosto que passa,
Delicadeza
de quem pedala, exala e disfarça,
Só dá a
quem passa a dádiva de presenciar a graça,
E a beleza
sem fim do rosto do Amor Constante.
Assim, o
vento de mim se teimosa em medir,
E medir, e
medir o rosto deste amor enquanto,
Eu ventania
de amor procurando por todo canto,
O rosto
deste amor que sempre amei, amo tanto,
Ventarei seu belo rosto, até meu
sopro se extinguir...
Nenhum comentário:
Postar um comentário