Nada mais em meu canto,
Que apenas os sussurros do vento,
Que os chilreios macilentos
E cheios de dor e espanto.
Eu, ao me ver em qualquer tanto,
A ponto de não sentir alento,
Nem com o carinho sedento,
Espremo de mim meu canto.
E canto um canto que nem quer dizer,
É apenas leve e livre, sussurrante, violento,
Gentil, incauto e perdido no infinito lento,
Que mastiga as vidas com prazer,
Pois cada botão de rosa por dentro,
É perfume que nem consigo conceber.
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