Remo meus rumos, meu barco largo,
Meu remo parco,
Minha sina de cachoeiras e corredeiras,
(Qual é a força que faz a água subir, pra depois descer ladeiras?)
Bato as asas como um morcego surdo.
Sigo cantando mudo,
Vasto como um Beija-Flor miúdo,
(Seria voar como nadar neste oceano de ar de tamanho absurdo?)
Passarim que nada, e voa, me fiz
Como um gentil vilarejo cheiroso,
Seus cheiros de flores, lenha no fogão de gostos,
Nunca quero negar o carinho que quis,
Sei, que me encontro nos encantos do vento,
E sinto que minha casa é fonte de vida se vertendo.
"Bato as asas como um morcego surdo.
ResponderExcluirSigo cantando mudo,..."
É muita poesia!
Grato, Poeta querida!
Excluir"Remo meus rumos, meu barco largo,
ResponderExcluirMeu remo parco," - riqueza no uso das aliterações e assonâncias, uma musicalidade que lembra Cecília Meireles e Fernando Pessoa. Sempre leio e cada vez mais admiro o trabalho deste grande poeta Chico Nogueira.