domingo, 11 de maio de 2014

A maré, a maré...



Porque de muitas formas
Nunca me acostumei.

Tem quem ache que agora nas bigornas,
O ferro bate o ferro quente por permissão do rei,
Que acha que faz armas, pelas mãos dos armeiros,
Que pensa que faz pontes, pelas mãos dos pedreiros,
Que é tão pobre que mede a vida pelo dinheiro,
Que ele mesmo é quem fabrica em seus celeiros.

Eu acredito em outras formas,
Porque o novo é a Lei.

Eu já vi a dor dos povos nas derrotas,
Eu já vi a sordidez do júbilo da dor,
Mas já cantei e canto toda a esperança e glória,
Que habita meu peito cantador,
Que soluça de amor nas noites da história,
E se lava de lágrimas, de suor, calor e memória.

Eu sei que o tempo reinventa as formas,
Do sempre novo que se(rei)

Avante! Que só a chegada é!

E o dia segue o dia, a maré, a maré...

Um comentário:

  1. Guimarães Rosa diz que viver é perigoso.É preciso coragem, é preciso força, poeta!

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