Porque
de muitas formas
Nunca
me acostumei.
Tem
quem ache que agora nas bigornas,
O
ferro bate o ferro quente por permissão do rei,
Que
acha que faz armas, pelas mãos dos armeiros,
Que
pensa que faz pontes, pelas mãos dos pedreiros,
Que
é tão pobre que mede a vida pelo dinheiro,
Que
ele mesmo é quem fabrica em seus celeiros.
Eu
acredito em outras formas,
Porque
o novo é a Lei.
Eu
já vi a dor dos povos nas derrotas,
Eu
já vi a sordidez do júbilo da dor,
Mas
já cantei e canto toda a esperança e glória,
Que
habita meu peito cantador,
Que
soluça de amor nas noites da história,
E
se lava de lágrimas, de suor, calor e memória.
Eu
sei que o tempo reinventa as formas,
Do
sempre novo que se(rei)
Avante!
Que só a chegada é!
E
o dia segue o dia, a maré, a maré...
Guimarães Rosa diz que viver é perigoso.É preciso coragem, é preciso força, poeta!
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