domingo, 18 de maio de 2014

Meu pequeno canto



O som do sopro, torpor e andrajo,
E o escopo do inaudito e vago leito,
Onde me acordo, me ando e me deito,
E meus feitos me lembram de que eu ajo,

Sinto os sentidos do que fiz e faço
Do calor da corda do laço corrido,
Nas dobras do meu pescoço dolorido,
Nas páginas de meu sem livro abraço,

Um Poema solto sem permissão nem vale,
Um sonoro vestígio de onde se vê,
Uma figura que compõe o que se lê,

E me intima ao eterno que não me cale,
E siga meu canto mal vestido e fugaz,
Mas se solto meu canto, canto, sem mais...

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