segunda-feira, 19 de maio de 2014

Que o etéreo me inunde

Um Margaridão dourado,
No meio do verde difuso.
E se nado em meus olhos molhados,
E se canto este meu canto confuso,

Quem sabe se o que digo foi costurado?
Quem sabe se o que pinta se deu,
Quem sabe se o que jorra cresceu,
Quem sabe, por Ele determinado?

Um Poema varejeia colorido pela grama,
Seu zumbido multicor me seduz e confunde:
Como que tais cores? Como, inexatas escamas?

Como que se põe à mesa onde se funde,
Altas granas, soltas ramas do que ilude,
Mas, que em tudo o etéreo imaculado me inunde!

Nenhum comentário:

Postar um comentário