quarta-feira, 18 de junho de 2014

Andarilho de cantos

Este meu compor, comigo, com todo,
o insano inesforço em que me desfaço,
sombra sem tampa, rompantes de abraços,
enxames de espaço em que me voo...

Invado e entoo, atrás do mato, outro mato,
mais mata e re-vive, a mata que em tudo vive,
em tudo entoa, a carta da passarada livre,
no céu de mim escreve pro que de meu nato,

meu neto, meu lírio que de, em mim voa,
um canto de empíreos cantares, me livra,
me encanta, me espanta e em mim vibra,

andarilho de cantos, vertentes do que entoa,
uma nova e velha trilha, uma canção que sobra,
um navegar que enche minhas vida e obra.

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