Me vinha a imagem de que a tarde,
com suas cores vermelhas e amareladas,
a tarde como tudo apenas e mais nada,
embelezava as manhãs, motor que não parte,
porque ainda é. Porque o novo se semprefica,
se ajusta no nunca paramento para fazer concreto,
o que pra tantos, por tanto tempo foi secreto,
mas que é sempre o mesmo: feito de amor e cinzas!
O velho amor que construiu desde a fonte,
desde que crianças andávamos assombrados,
pela beleza deste mundo por todos seus lados,
antes mesmo de a dor, latente, criar seus montes,
ainda tudo era a beleza que conseguimos ver na tarde,
e eu que vi, ando mudo pra poder ver o Sol que arde.
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