Meu valor vivo vive nas vigas,
em que me sustento, me aguento,
levanto, suporto, suspendo...
Algum valor em estar sendo ainda.
A matina colore supresas, e a alma canta.
O tempo afetivo que chamamos dia, nos motiva,
nos impele ao descanso, e nos aviva,
manhãs depois da noite e seus encantos.
Meu calor me esquenta e permite a lida,
que constrói minhas razões e sentidos,
que me dá medos daquele metal já polido,
das centúrias do fogo que enfrentamos na vida
tertúlias e estopas e sobras do repartido...
Por isso, recriar-me na força, e me refazer os sentidos.
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