quinta-feira, 12 de junho de 2014

Planta cantiga

Cantiga de planta, prontamente se passa,
no verde eterno e lento que me vigia...

No fugaz da cor que anuncia que a dor se escassa,
e que chegará o dia da mais simples alegria.


Cantiga de planta, Sol e praia de águas rasas,
meus olhos, mar de pequenezas e alforrias,

solidão, amor, prazer que é tanto que amassa,
que extrai o suco do infinito e supera as vilanias...


Cantiga de sorte, graça, alegrias e farturas,
eu desfeito nos cantos que rarefeitos me habitem,

o ar habita galáxias, os ventos estelares das pinturas,
sofisticações das gentes que nos abracem e aconcheguem


pois o caminho será força e mostrará o lugar onde dura,
a certeza inaudita, vontade bendita de estar onde pedem,

pela beleza da corda que conduz o Sírio à mais pura,
fé, que nesta minha cantiga, planta querida, amor do mundo, amém!

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