terça-feira, 15 de julho de 2014

Dias contados.

Então, no quarto dia da longa caminhada,
um avistar.
Uma vista que pousou sobre os ombros,
feito um colibri, e seu levitar.
Uma cor infinda sobre as calçadas,
uma peneira difundindo matizes e sombras,
sobras de luz manchando cada lugar,
e lugar nenhum, e o bar,
e o banco da praça onde o rapaz conta de sua vida,
e o vovô conta as pedras de dominó da partida,
e os sentidos fazem pedidos ao Universo pelo cigarrar.

E no dia seguinte, quinto desde que saí,
eu era assim.
Um olhar em olhos cheios de rasa água,
mágoas, lamas, contas, coisas carmins,
coisas vertentes, latentes, emergentes e inchadas,
Em meu caminho de sorte do que do céu me cai.


São caminhos de verdes veredas,
nestes dias quentes, cantantes, contados.

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