Quanto
tempo mais, até o momento sem fim?
Até
o nervo obsoleto, a fúria sem sal de um soneto,
O
prazo final do boleto, a dor sem ser dor de todos os pretos,
A
fingida tolerância, a inobservância consentida assim...
Como
quem diz nada com nada.
Como
um pano solto na tampa,
como
um sapato que desamarrasse a trama,
e
se andasse, sem corpo, e de alma privada?
Mas
além disso, existe e retumba,
toda
beleza mais linda já criada,
e
a mesa farta, e a conversa encantada,
nosso
quintal, onde há comida e zabumbas
onde
o Semba se Samba em Jongos e Marujadas,
onde
o infinito em cada toque, melodias re-criadas...
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