Eu mesmo um arco,
de onde cada flecha-poema
se atira, equilibradas nas penas,
eu mesmo? Apenas fico ao largo....
Mesmo sendo eu quem largo,
mesmo sendo aquele que à flecha manda,
silvando seu esguio corpo, encanta,
e mata! Mortal! Quem mato?
Eu mesmo somente de onde a seta
vai em busca de si, curiosa,
furando o vento assassina furiosa!!
Mas quem vai é ela, fatal e abjeta,
de longe, choro sua obra filial,
minha flecha-poema-filha, mortal...
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