Soprei minhas próprias velas
como fosse eu meu próprio moinho,
como se o ar ventasse amarrado em espinhos,
cavalgando o céu apinhado de estrelas?
Enquanto soprava, retesava cabos,
acochava escotas, retrancas, cabrestos,
como se meu barco, eu, um bicho preso,
em mim pelos cabos deste eu barco.
E me fiz ao meu largo
pra além das minhas baias,
os mais altos mares, eu seguia
e sigo hoje veleiro trimado
neste rumo de estrelas e paz,
e meu velho barco com o mar se faz...
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