terça-feira, 9 de setembro de 2014

Pobre enredo


E toda a cantiga, era vasta e rubra,
e eterna e espúria como a peleja,
e liguenta e firme como bolo com ameixa,
com a cobertura que o sonhar cubra...

E por todo o canto este cantar anuncia,
este apertar silencia a certeza esperta
despertada pelo atento olhar que espreita,
e segue o movimento da vida em sua correria...

E eu até correria, se não tivesse já sentido,
o cheiro da falácia que a sequencia mostra,
mesmo quando o visível não o mostra,

pelo nariz que cheirou outros tempos pode ser sentido.
Pela mão que já viu quanto pode encobrir tudo o medo,
que há de se denunciar por si a farsa, tão pobre o enredo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário