terça-feira, 30 de setembro de 2014

Enfeites do ar


E eu, nada mais era que as horas
com e sem honra em que, ávida,
a vida se impunha, e hoje se re-valida
e mastiga, após muitas lambidas sonoras!

Eis, meus senhores e senhoras, a vida!
A alegria de comer dela, e por ela,
ser deglutido, e em tudo, o sentido nivela,
e traz à tona a maratona... E ela? Nos intimida?

Nada! Corremos ao raso, secamos os movimentos,
Nadamos no seco do divertimento de andar,
voar, plantar, ver nascer, subir montanhas no ar

e nas infinitudes dos pavilhões, deste peito-vento,
achar as linhas que não prendem, mas soltam,
Pandorgas, Pipas, Papagaios, aos seus voos voltam....

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